Uma vez que gostamos de importar “boas práticas” do estrangeiro porque parecem sempre ser mais finas, só espero que ninguém no Ministério de Educação se lembre de aplicar isto:
No Reino Unido decidiram criar regras de compensação para os exames de acesso à Universidade, no sentido de favorecer os alunos que tenham sofrido alguma experiência traumática no dia do exame. Se um familiar do aluno tiver falecido no dia do exame, este terá uma bonificação até 5% na nota final (varia de acordo com o grau de proximidade familiar – um pai vale definitivamente mais que um tio, por exemplo). Se morrer a mascote (um hamster, por exemplo) tem 2% de bonificação. Se o aluno assistir a evento traumático tem 3% de bonificação. Se o aluno partir uma perna ou sofrer um ataque de asma tem 3% de bonificação. Uma alergia ao polén vale 2% de bonificação, e uma vulgar dôr de cabeça vale 1%.
Estou a imaginar o que a criatividade de um aluno tuga faria com este tipo de regras: Joãozinho começava a manhã antes do exame a dizimar toda a sua família (5% para o pai, 5% para a mãe, 5% para o irmão e 3% para a avózinha), estrangulava energicamente o caniche lá de casa (mais 2%). Implodia o seu prédio e assistia aquilo tudo a desmoronar-se com 20 famílias lá dentro (mais 3%). Rachava a cabeça com um tijolo (mais 3%), ficava com uma imensa enxaqueca à conta disso (mais 1%).
Depois ia fazer o exame com uma bonificação de 27% garantindo assim sua entrada na universidade. Em famílias numerosas a taxa de admissão na universidade tenderia a ser maior…
12 de maio de 2005
Razões Bonificadas
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