«AGRADECEMOS QUE NÃO FUME». Falando por mim, não vejo nenhum problema na expressão «proibido fumar». É simples, é directa, é firme. Proibido fumar! Há perguntas? Óptimo.
Mas «agradecemos que não fume»? Em primeiro lugar é fraco. Em segundo lugar, por amor de Deus, estão a agradecer o quê? É como se achassem que vos estão a fazer um favor por não vos ajudarem a ter um cancro no pulmão.
Se eu estivesse a tentar desencorajar as pessoas de fumar, a minha placa seria ligeiramente diferente. Até era capaz de ir longe demais na direcção oposta. A minha placa diria qualquer coisa como: «Fume, se quiser. Mas se fumar prepare-se para isto: primeiro vamos confiscar-lhe o cigarro e apagá-lo algures na sua pele. Depois vamos enfiar os seus dedos manchados de nicotina numa trituradora de papel e atirá-los para a rua, onde cãos vadios vão comê-los e regurgitá-los para os esgotos para que as ratazanas possam ocupar-se deles antes de serem despejados para o mar com o resto da imundície da cidade. Depois disto vamos procurar os seus familiares e amigos, e dar cabo das vidas deles».
Não gostavam de ver uma placa assim? Aposto que muitos fumadores pensariam duas vezes antes de acender o cigarro perto de um placa destas. É preciso sermos directos. «Agradecemos que não fume» é pura e simplemente embaraçoso. Acho que toda esta linguagem simpática e eufemística é mais um sinal de que cada vez mais o nosso país não sabe a quantas anda.
3 de maio de 2006
A Razão Anti-Tabágica
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Neste momento em http://abanacao.blogspot.com/ estão disponíveis dois inquéritos que pretendem (de alguma forma) intervir na Consulta Pública sobre a proposta de Legislação antitabágica que o Governo apresentou. O que é também uma forma de participação cívica, para que outros não determinem autocraticamente aquilo que também nos diz respeito.
ResponderEliminarMFR