5 de dezembro de 2005

A Razão Dogmática

dogmatica
O responsável máximo pelo maior antro ancestral de paneleiragem decidiu mais uma vez repudiar os homossexuais, desta feita os que se dedicam ao sacerdócio. Esta medida de inspiração orwelliana, digna do «Animal Farm», estipula que aos olhos de Deus «somos todos iguais mas há alguns menos iguais que outros», e revela mais uma vez a hipocrisia, o mamutismo, e prepotência bacoca que a Santa Igreja insiste em exibir de geração em geração.
Quererá sua Santidade atirar-nos areia para os olhos? Terá sua Eminência noção das baixas clericais que tal repúdio causará? Pensará o Sumo Pontífice que ao repudiar os homossexuais toda a gente vai pensar que afinal as festas nocturnas com somalis criteriosamente untadinhos eram apenas homilias dedicadas a países desfavorecidos? Não sabemos. Só sabemos que a partir de hoje um pequeno trejeito mais amaricado, um menear de anca mais pronunciado, um gritinho histérico mais estridente serão considerados pela Santa Igreja como sintomas de forte homossexualidade, e portanto, repudiados (com a tradicional penalização de afinal não ter direito a entrada livre no Reino dos Céus). Falava há dias da ditadura económica de Sócrates, pois bem, temos aqui a nova Inquisição – as bruxas dos Século XXI acabaram de ser criadas: quem porventura tiver a oportunidade de observar um indivíduo a fazer coisas inexplicáveis com um cabo de uma vassoura na sua própria próstata, queira alertar o Santo Ofício.

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