18 de agosto de 2005

A Razão do Turismo Sexual

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R. é dono de uma empresa com representações no Brasil. É casado e tem três filhos, o último com dois anos de idade. É um extremoso marido e pai de família. Numa das suas idas ao Brasil ficou embeiçado por uma «garota de programa» e acabou por lhe oferecer um apartamento, onde costuma ficar nas suas viagens de negócio. Ultimamente inventa motivos só para poder ir ao Brasil exercitar os seus abdominais com a «garota de programa».
I. e S. são duas amigas que rondam os 40 anos. Ambas divorciadas e sem filhos. Gostam de fazer férias juntas em resorts caribenhos. Costumam lá ir duas vezes por ano com o único objectivo de mandarem umas quecas mágicas com quem estiver disposto a isso na altura. E depois desaparecem. Raramente encontram os mesmos homens, e até agradecem.
P. é director comercial de uma empresa nos arredores de Lisboa. É casado e tem um filho. Ele e os seus velhos amigos de faculdade juntam-se todos os anos, sem as mulheres, e passam uma semana no Nordeste brasileiro. Lá alugam umas limusines com condutores particulares, alugam um «sítio» a alguns quilómetros da cidade, e alugam ainda umas «garotas de programa». Durante uma semana entregam-se, desvairados, a uma vida de deboche e caipirinhas. Depois colocam na net as fotografias das suas proezas sexuais, onde têm o cuidado de fazer um «blur» nas suas caras.
Em Portugal, as mulheres fingem não perceber.
M. gosta de viajar sózinha para sítios inóspitos. Embora viaje sózinha, raramente não tem companhia ao fim do segundo dia.
«Conhecemos mais coisas se estivermos com alguém que viva lá» diz ela. Entretanto vai-lhes pagando as despesas e dormindo com eles. Uma vez entusiasmou-se e chegou a trazer um com ela. A coisa não durou muito tempo: ele conheceu outra por cá e saíu de casa. Desde essa altura M. deixa-os lá ficar.

Conheço esta malta toda, e por vezes pergunto-me como é que a «ida às putas» se sofisticou tanto...

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