11 de agosto de 2005

A Razão do Trolha

trolha
Li numa revista de moda que os metrossexuais, esses abichanados que gostam de se besuntar com cremes adelgaçantes, fazer massagens de lama e depilações, e que passam a vida no ginásio a desenvolver músculos à vez, estão fora de moda. Os seus sucessores são os retrossexuais (não confundir com rectossexuais, que também há muitos, mas que ainda não estão na moda). O retrossexual é a antítese do metrossexual: são feios, gordos, boçais e de barriga sobredesenvolvida, onde desembocam tufos de pêlos que brotam abnegdamente do peito. Têm uma aversão animalesca a qualquer perfume que não seja o de aguardente traçada com cerveja, recusam o banho que lhes retira a patine equina, e são adeptos do look gorduroso obtido através do método escarreta-mão-cabelo – uma técnica que é sua inconfundível imagem de marca.
Afinal nada está perdido para Portugal, o país europeu com maior índice de retrossexuais (conhecidos por cá como trolhas). O trolha volta a estar na moda, bem como o seu modus operandi. O Quinto Império volta a ser uma realidade: os trolhas que nos tempos áureos da nação, desbravaram e fundaram territórios à conta da sua força bruta e boçalidade, que muitas vezes se confundiam com coragem, têm mais uma oportunidade de levar o país ao seu grande desígnio nacional (seja lá ele qual fôr).
Adeus Beckham! Viva Jorge Costa!

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