11 de janeiro de 2005

A Razão do Fado

fado

Embora a maioria dos portugueses nao lhe liguem peva, Portugal é conhecido no estrangeiro por ser o país do Fado (e por outras coisas pouco dignificantes que não interessam nada para esta Razão). Se pensarmos que a música é uma das mais espontâneas e genuínas formas de expressão de um povo, percebemos a razão porque os portugueses são uns deprimidos crónicos, resignados a um destino a que não podem escapar, o que os torna ainda mais desgraçados. A palavra Fado faz aliás parte do nosso vocabulário diário, ditando inexoravelmente todo o nosso futuro. É como se já soubéssemos o fim de um filme série b antes do primeiro intervalo, e mesmo assim fizéssemos questão de levar com ele.

Mas porque diabo um país inventa uma forma de expressão que consiste na auto-flagelação emocional, glorificando a perda, a saudade (outro conceito nacional), o desgosto e a desgraceira miserável e persistente, perguntarão vocês?

A culpa é das companhias farmacêuticas, digo-vos eu! Algures na nossa história fomos vítimas de um complot maquiavélico das companhias farmacêuticas que se juntaram para criar um mercado-piloto para o lançamento de medicamentos anti-depressivos e ansiolíticos. E assim inventaram o Fado. A coisa resultou, ou não sejam os portugueses o povo que per capita mais consome anti-depressivos neste pequeno, mas agitadinho, planeta.

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