Algures no início dos anos 90, Martin Handford inventou uma maneira de ganhar dinheiro a partir de uma personagem chamada Waldo. Com um ar de geek gay, gorro na cabeça, uns óculos redondos de massa e um pullover às riscas vermelhas, Waldo era um zé ninguém solitário que desaparecia facilmente na multidão. Era exactamente essa a função desta personagem: passar despercebido numa multidão de centenas de outras personagens em varíadissimos ambientes diferentes. Os livros da série «Onde está Waldo?», que levavam quem os lia ao desespero de nunca encontrar o maldito boneco com ar de tótó, venderam que nem ginjas para um dia seguirem o exemplo da personagem e desaparecerem de vez. O anonimato recorrente de Waldo foi substituído pela febre de celebridade, que consiste exactamente em estar bem visível e em todo o lado (assim tipo Cinha Jardim, que até consegue por vezes aparecer na minha cama - não sei como é que a gaja consegue fazer aquilo).
Tal como o Waldo nos seus tempos áureos houve uma série de personagens que desapareceram de fininho do nosso dia a dia, vítimas da mudança dos tempos. De tal modo que apetece perguntar:
- Onde está o José Cid?
- Onde estão as Doce?
- Onde estão os yuppies?
- Onde está a maioria absoluta do PSD?
- Onde está o Pedro Caldeira?
- Onde está a Madalena Iglésias?
- Onde está o Ramalho Eanes?
- Onde está o Mário Mata?
- Onde está Portugal?
- Onde está o Sr. Albano? (este desconfio que esteja a morar com aquela tribo de somalis que eu um dia lhe mandei)
Quem quiser saber onde está o Waldo pode sempre visitar este site e tentar, pela última vez, descobrir o gajo no meio da habitual multidão. Vão ter que se esforçar um bocadinho, mas vão acabar por encontrá-lo, incógnito, sózinho, e com a mesmíssima cara de estúpido. Boa caçada!
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