Weblogs. Diários na Internet. Esta foi a origem da palavra blog. Houve um artista que se lembrou de dar uma utilidade à sua homepage e começou a escrever o seu dia a dia numa página de internet. Como estávamos na era do voyeurismo, amplificada pelos Big Brothers da vida, a coisa teve sucesso: há sempre alguém a querer coscuvilhar a intimidade de outrém.
A ideia inicial do blog até era original e criativa, mas depois começou a descambar. Começaram a aparecer os gajos e gajos que, na sua adolescência ou nas suas crises conjugais, povoavam o IRC com aquelas conversas construtivas como a merda, e o sentido original do blog alterou-se. Nalguns casos para melhor, mas na maior parte dos casos para pior.
E por cada blog que nos diverte, ou que nos provoca, ou que nos faz pensar, há umas valentes centenas de autênticas bostas sem um único pensamento original, sem uma pontinha de inspiração, tão desinteressantes quanto as pessoas que os escrevem.
Destes últimos que referi, os que não suporto mesmo são aqueles blogs que consistem em colagens de coisas que apanham noutros blogs, ou noutras homepages. São uma espécie de sanguessugas pegajosas que se alimentam da criatividade de outros. Fazem lembrar aquelas pessoas que decoram phrasebooks e opiniões alheias para parecerem mais interessantes. Anões às costas de gigantes. A essas bestas desinspiradas e decalcadas intelectualmente só posso recomendar uma coisa: se gostam de fazer colagens, desliguem o computador, comprem montes de jornais e revistas, peguem numa tesourinha, em cola e cartolina, e brinquem sózinhos. Podem mostrar depois aos vossos amigos, ok? Ao menos esses não serão tão honestos quanto eu a dizer-vos o que é que acham da linda merda que vocês exibem.
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