Desde que saíram da caverna, os seres humanos têm uma apetência natural para viverem em caixinhas. Todos os dias, saímos de dentro de uma caixa a que chamamos casa, entramos numa outra caixa a que chamamos automóvel e conduzimo-la até uma outra caixa a que chamamos emprego. Viajamos em caixas atreladas umas às outras que andam em cima de carris, em caixas que flutuam na água e até em caixas que voam. De vez em quando gostamos de ir dançar para dentro de caixas ruidosas, ou de passar um tempo com os amigos em caixas que têm como função servir substâncias líquidas mais ou menos entorpecentes e etilizantes. Há caixinhas para tudo e mais alguma coisa. São poucas as coisas que se fazem fora das caixinhas. Talvez por isso as férias constituam quase sempre um bom motivo para passar a maior parte do tempo fora das caixas, ou pelo menos em caixas diferentes das habituais
A vida parece consistir numa sucessão de caixinhas em catadupa. Uma após outra. Já nem reparamos nelas. Fazem parte desta caixinha grande a que chamamos Terra e de onde conseguimos observar um conjunto de outras caixas grandes e distantes, questionando se existirão por lá outras caixinhas habitadas.
Até aqui, nesta fatia de internet, gostamos de nos arrumar em caixinhas. Reparem bem na forma deste blog…
24 de janeiro de 2007
A Razão das Caixinhas
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